A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) teve papel de destaque na sessão desta segunda-feira (8) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada no Congresso Nacional. Ela é autora da CPMI.
Com objetividade, a parlamentar abriu sua participação afirmando que iria “direto às perguntas” devido ao tempo reduzido. Na sessão, um dos depoimentos mais aguardados era do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi
Ao longo da intervenção, Coronel Fernanda levantou questionamentos firmes sobre possíveis irregularidades em entidades ligadas à concessão de benefícios previdenciários. Ela citou associações suspeitas de envolvimento em fraudes, apontou nomes e trouxe à tona vínculos políticos sensíveis.
A deputada também ressaltou a gravidade dos desvios que atingem diretamente idosos aposentados e pensionistas, defendendo investigação rigorosa para identificar e responsabilizar os culpados. “Minha prioridade é defender quem mais precisa. Não vamos descansar enquanto houver dúvidas sobre esse escândalo que atinge milhões de famílias no Brasil”, afirmou.
Um questionamento de Coronel Fernanda ao ex-ministro, por exemplo, foi a respeito dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs). “O senhor não sabe, o senhor não viu. Esse é o resumo. Por que o senhor não suspendeu imediatamente os ACTs em 2023?”, questionou a deputada.
Lupi admitiu que os ACTs assinados entre o INSS e entidades privadas facilitaram a ocorrência de fraudes contra aposentados e pensionistas. Ele afirmou que os ACTs existem desde 1994, mas reconheceu que, nas gestões mais recentes, acabaram se tornando "porta de entrada para o desvio de bilhões de reais".