Saúde
Controle da Aids enfraquece e meta de erradicação até 2030 corre risco

Nos últimos dois anos, o progresso do combate à Aids. Dados do último relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), publicado nesta quarta-feira mostram que entre 2020 e 2021, o número de novas infecções por HIV no mundo diminuiu apenas 3,6%. O índice representa o menor declínio anual de novas infecções desde 2016. A redução na velocidade coloca em risco a meta de acabar com a pandemia de Aids até 2030.
“O relatório global traz uma mensagem de perigo e transmitir essa informação é importante porque embora já tenhamos disponíveis avanços biomédicos para interromper a cadeia de transmissão e para prevenir novas infecções com a maior eficácia, ainda não conseguimos atingir esse declínio, que é o que faz com que a gente preveja o fim da Aids para 2030”, diz a Oficial para Comunidade, Gênero e Direitos Humanos da Unaids no Brasil, Ariadne Ferreira Ribeiro.
Em 2021, 1,5 milhão de pessoas foram infecções por HIV. O número ultrapassa em 1 milhão a meta global. No mesmo ano, 650 mil pessoas perderam à vida em decorrência da doença. Há aumento das infecções anuais em diversas regiões, incluindo naquelas em que a curva estava caindo na última década, como Ásia e Pacífico.
A tendência, de acordo com a Unaids, tem como pano de fundo a pandemia de Covid-19 e outras crises globais, como a Guerra na Ucrânia. Esse fatores contribuíram para a redução dos investimentos no combate à doença, interrupções nos principais serviços de prevenção e tratamento do HIV, além de crescimento de situações que aumentam a vulnerabilidades à doença, como milhões de alunos fora da escola, além de aumento da pobreza e da desigualdade.
Panorama brasileiro Embora o relatório traga dados globais, é possível fazer um recorte do panorama brasileiro. Segundo Ribeiro, o cenário também é preocupante por aqui. A Oficial da Unaids explica que entre 2015 e 2019, o número de novas infecções por HIV em crianças e adultos estava em estabilidade no país, com cerca de 48 mil casos anuais. Em 2020, a curva apresentou um leve crescimento, passando para 49 mil infecções e, em 2020, houve um novo aumento, com 50 mil novos casos entre crianças e adultos. No mesmo ano, foram registradas 13 mil mortes em decorrência da Aids. A América Latina segue, na última década, esse mesmo cenário de platô com um ligeiro crescimento anual.
“Isso é bem característico de países que têm uma epidemia concentrada em populações-chave porque é justamente nessa dinâmica de epidemia que são necessárias políticas públicas específicas”, afirma Ribeiro.
Dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre HIV e Aids, lançado em dezembro de 2021, mostram uma redução de 10% nas infecções em pessoas brancas, mas um aumento de 13% entre pessoas negras.
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Fonte: IG SAÚDE


Saúde
Dia D de vacinação contra a pólio será neste sábado

Amanhã (20) é o Dia D de vacinação contra a poliomielite e de multivacinação para atualização da caderneta. A campanha foi aberta pelo Ministério da Saúde no dia 8 de agosto e vai até 9 de setembro em todo o Brasil, envolvendo a aplicação de doses das 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente.
A imunização contra a pólio é destinada aos menores de 5 anos. Para a atualização das vacinas de rotina (multivacinação), o público-alvo inclui os menores de 15 anos.
A mobilização nacional ocorre neste sábado, mas estados e municípios têm autonomia para definir datas adicionais. O objetivo é alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95% para a pólio na faixa etária de 1 a menos de 5 anos, além de reduzir o número de não vacinados entre crianças e adolescentes menores de 15 anos.
O Ministério da Saúde destaca a necessidade de obter alta cobertura vacinal para que doenças erradicadas, como a poliomielite, não voltem a ser registradas no país. No mundo todo, as coberturas caíram durante a pandemia de covid-19.
“A atualização da situação vacinal aumenta a proteção contra as doenças imunopreveníveis, evitando a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos. A mobilização nacional é uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúde, realizada com sucesso desde 1980”, lembra a pasta.
A imunização contra a covid-19 também está em andamento, e as vacinas poderão ser administradas de maneira simultânea com as demais do Calendário Nacional, na população a partir de 3 anos. Também não há necessidade de aguardar intervalo mínimo entre a vacina contra a covid-19 e outras da campanha.
As vacinas disponíveis são: Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).
Estarão disponíveis para os adolescentes as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada).
Todos os imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunizações são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Poliomielite
Para a campanha contra a pólio, o público-alvo é formado pelas crianças menores de 5 anos, totalizando mais de 14,3 milhões de pessoas. Crianças menores de 1 ano deverão ser vacinadas conforme a situação encontrada para o esquema básico. As crianças de 1 a 4 anos deverão ser vacinadas indiscriminadamente com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: EBC Saúde
Saúde
Cientistas descobrem 70 genes fortemente relacionados ao autismo

O autismo e outras síndromes relacionadas, como a de Asperger, afeta uma em cada 100 crianças no Reino Unido. O número é ainda maior nos Estados Unidos onde uma a cada 44 crianças têm a condição — o índice é dez vezes maior do que há 30 anos. Embora haja tratamentos, testes psicológicos e remédios que possam ser administrados para melhorar os sintomas, não há cura.
Um estudo feito por cientistas americanos, porém, que está sendo considerado o maior da área, mostrou um avanço no entendimento da doença. Eles analisaram o DNA de 150 mil participantes, sendo que 20 mil deles haviam sido diagnosticados com autismo. Os pesquisadores identificaram ao menos 72 genes que estão fortemente ligados à condição e outros 252 com associações menores.
“Neste estudo sem precedentes, conseguimos reunir vários tipos de mutações em uma ampla variedade de amostras para obter uma noção muito mais rica dos genes e da arquitetura genética envolvida no autismo. Isso é significativo porque agora temos mais insights sobre a biologia das mudanças cerebrais subjacentes ao autismo e mais alvos potenciais para tratamento”, afirmou Joseph Buxbaum, coautor do estudo e diretor do centro de pesquisa e tratamento de autismo de Nova York.
Os genes ligados ao autismo tendem a afetar os neurônios maduros, ou seja, aqueles que não podem mais se dividir ao contrário de outros neurônios e aparecem no início do desenvolvimento. Por exemplo, os genes relacionados a atrasos no desenvolvimento são mais propensos a serem ativos durante o desenvolvimento de um neurônio.
Buxbaum defende que, para esses casos, deve-se ter uma “medicina de precisão”. Ou seja, os pacientes devem ser geneticamente testados para o autismo no intuito de ajudar a desenvolver novos medicamentos que “beneficiem famílias e indivíduos em risco de transtorno do espectro do autismo”, disse.
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Fonte: IG SAÚDE
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