Contas do Estado poderão ter impacto de R$ 1 bilhão, caso servidores da Educação tenham reajuste salarial

Prognóstico é do secretario de Fazenda, Rogério Gallo. Categoria está em greve desde o dia 27 de maio

O secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, disse na manhã desta segunda-feira (8) durante entrevista ao programa Chamada Geral, da rádio Mega FM, que o Governo poderá sofrer um impacto de R$ 1 bilhão em quatro anos com gastos com pessoal, caso atenda as reivindicações dos servidores da Educação, que estão em greve desde o último dia 27 de maio. Os grevistas cobram aumento salarial de 7,69% na remuneração durante 10 anos, mais o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), além de outras reivindicações.

Para Gallo, a concessão do aumento anual poderá significar um aumento de entre R$ 250 milhões e R$ 350 milhões. “Nos próximos quatro anos, só nesse aumento, será em torno de R$ 1 bilhão. Quer dizer, que nível de aumento de arrecadação para sustentar esses aumentos sucessivos, para além do que o Estado tem capacidade para pagar?. Que nível de aumento, de arrecadação, para sustentar esses aumentos sucessivos, para além do que o Estado tem capacidade para pagar? E não estou nem falando de capacidade financeira mais. Estou falando de respeito a Lei”, afirmou.

Atualmente, o Estado utiliza 58,55% do orçamento com folha salarial. Entretanto, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) permite que 49% seja o limite do orçamento gasto com salário.

Outro argumento usado pelo secretário sobre a crise financeira enfrentada pelo Estado, é sobre o corte de gastos públicos que o Governo vem fazendo desde janeiro. Gallo garante que o Executivo vem fazendo o dever de casa. “O dever de casa está sendo feito no âmbito dos gastos públicos, Só em custeio, comparado com os quatro meses de 2018, houve uma diminuição de R$ 150 milhões. Estão sendo cortados contratos. Aquilo que pode ser cortado, para ajustar o tamanho do Estado, da máquina pública, está sendo feito”, garantiu.