Política Nacional
Comissão aprova exigência de personalidade jurídica para movimento social organizado em mais de três estados
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (13) projeto de lei que obriga os movimentos sociais e populares organizados em mais de três estados e com destaque na imprensa local e nacional a adquirirem personalidade jurídica e se enquadrarem como organizações do terceiro setor da economia nacional. O texto foi aprovado por 33 votos favoráveis, mas obteve 11 votos contrários, e pode seguir para o Senado, caso nãop haja recurso para sua votação no Plenário.
A proposta é do deputado Coronel Assis (União-MT) e outros 23 parlamentares. A ideia deles é promover a responsabilização civil e penal dos integrantes dos movimentos, em caso de crimes contra a vida ou propriedade praticados em nome ou defesa do movimento.
No caso de responsabilização, o movimento social ou popular ficará proibido, pelo prazo de cinco anos, de contratar, ser contratado, utilizar espaços e recursos da administração direta, autárquica ou fundacional da União, dos estados ou dos municípios em benefício próprio ou de terceiros.
O texto aprovado foi um substitutivo do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), ao PL 4183/23. “Se, por um lado, há a liberdade de associação, não há dúvida de que a mesma liberdade deve atender a fins lícitos e não transbordar da legalidade e da defesa do patrimônio público e privado”, disse.
Debate
O deputado Helder Salomão (PT-ES) considera a proposta antidemocrática e inconstitucional. Para ele, o texto fere a liberdade de associação e vai dificultar a atuação de movimentos sociais e o exercício da cidadania.
“Esse projeto quer enquadrar, no marco regulatório das organizações da sociedade civil, todos os movimentos sociais, inclusive aqueles que não visam nenhuma finalidade econômica”, disse.
“E os constituintes foram muito sábios quando inscreveram na Carta Magna a liberdade de associação e ao mesmo tempo a garantia de que não poderá haver intervenção estatal no funcionamento desses movimentos”, acrescentou.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC), por sua vez, defendeu a medida. “Ter um CNPJ é fundamental, até para que, quando houver casos de violação e violência no campo, se identifique quem são as pessoas por trás do movimento”, disse.
“Esse projeto vem aprimorar a reforma agrária e sobretudo identificar quem está à frente desses movimentos, muitas vezes violentos”, completou.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados
-
Policial30/11/2024 - 10:45
Homem é executado com vários tiros na cabeça dentro de oficina em Várzea Grande
-
Política MT27/11/2024 - 08:35
TCE autoriza concessões de rodovias pelo Estado e cobrança de pedágios; ganho inicial deve ser de R$ 30 bilhões
-
Política MT30/11/2024 - 19:05
Chefe da Casa Civil critica pacote anunciado pelo governo federal e cobra corte efetivo de gastos públicos
-
Política MT28/11/2024 - 18:35
MP pede análise de inconsistências apontadas pelo Estado e admite nova intervenção na Saúde de Cuiabá
-
Política MT02/12/2024 - 19:05
Justiça manda Câmara de Cuiabá suspender investigação contra vereador acusado de invadir UTI
-
Política MT28/11/2024 - 20:38
STF rejeita ação da PGR que pedia anulação da eleição e confirma Max Russi como presidente da Assembleia
-
Policial30/11/2024 - 12:30
Mandante do assassinato de advogado em frente a escritório em Goiás é preso pela PC em MT
-
Economia02/12/2024 - 16:18
Aeroporto de VG é autorizado a operar voos internacionais e inicia nova era para Mato Grosso