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Comerciantes voltam a ficar pessimistas após quatro meses de recuperação em Cuiabá

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Comerciantes voltam a ficar pessimistas após quatro meses de recuperação em Cuiabá

Agosto registrou forte queda no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Cuiabá. Após quatro meses em alta, o índice passou de 104,5 pontos em julho para 96,6 no mês seguinte, uma variação negativa de 7,5%, o que reflete, segundo análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o aumento do pessimismo por parte dos comerciantes da capital. 

O estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) também colocou a pontuação atual em nível inferior quando comparada ao mesmo período do ano passado, quando, na época, somava 106,9 pontos, um recuo de 9,6%. 

As condições econômicas afetaram a pesquisa também em nível nacional, conforme explica o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior. 

“Cuiabá apresenta um cenário parecido com os dados nacionais, demonstrando que a avaliação macroeconômica se faz muito presente nas decisões do empresário do comércio, considerando também a conjuntura econômica em suas decisões”. 

Sobre os subíndices da pesquisa, todos apresentaram redução na avaliação mensal, sendo a Expectativa do Empresário do Comércio o que apresentou a maior diminuição (-12,3%), seguido do Investimento do Empresário do Comércio (-5,1%) e das Condições Atuais do Empresário do Comércio (-2,7%). 

Quando os empresários do comércio foram perguntados sobre as condições atuais da economia do país, 80% afirmaram que pioraram em relação ao mesmo período do ano passado. A maioria também apontou piora para o setor, totalizando 70% dos entrevistados. 

Em relação às condições atuais da empresa, 37,5% alegaram ter melhorado um pouco, seguido de 26,4% que apontaram uma leve piora. Mesmo assim, a expectativa da maioria dos empresários é de que as condições das empresas melhorem nos próximos meses, representando 71,8% dos respondentes. 

Tais condições mostram atenção por parte dos empresários, como explica o presidente Wenceslau Júnior. 

“O contraste entre o pessimismo em relação à economia nacional e a resiliência moderada nas próprias empresas indica que o comércio vive um momento de atenção, mas não de retração, podendo retornar para a margem de otimismo de 100 pontos”. 

Sobre a contratação de funcionários, 55,2% pretendem aumentar pouco o seu quadro de colaboradores, seguido de 24,6% que esperam reduzir um pouco. Outro aspecto relevante é o nível de investimento das empresas, em que 34,3% afirmaram que está um pouco maior em relação ao mesmo mês de 2024, enquanto 27,1% apontaram ter um nível um pouco menor.