Conteúdo/ODOC - O empresário Rafael Geon de Souza, preso em 2023 em Cuiabá no caso que ficou conhecido como “cobradores do chicote”, foi um dos alvos de mandado de prisão da Operação Datar, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (14).
Além dele, foram presos os DJs Diego de Lima Datto e Patrike Noro de Castro, além de Jackson Luiz Caye, Marco Antônio Santana, Lucas Goudinho e Gonçalves e Thiago Massashi Sawamura.
O servidor da Assembleia Legislativa, Vinicius Curvo Nunes, foi alvo de busca e apreensão, assim como Clovis Leite Junior, Vania Marilda de Lima Datto, José Guilherme Datto, Thiago Inoue, Robson Luiz de Siqueira Couto, Celso Dourado de França, Enzo Gonçalves Bonfim da Costa, Mirelle Havana Zago, Mauro José Zago Junior e Elizabete Maria Noro.
A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), aponta que o grupo, com integrantes de outros Estados, teria movimentado cerca de R$ 185 milhões em lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas em Mato Grosso.
Ao todo, foram cumpridos 67 mandados: sete de prisão preventiva, 11 medidas cautelares diversas, 14 de busca e apreensão, 19 ordens de bloqueio de contas bancárias e o sequestro de 16 veículos. As ações ocorreram em Cuiabá, Primavera do Leste, e nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Uma empresa e 19 pessoas físicas foram alvos da ofensiva policial.
Segundo a Polícia, os investigados, incluindo familiares, movimentavam valores expressivos por meio de contas próprias, sem comprovação de origem lícita. Parte do dinheiro era fracionada em pequenas quantias e circulava entre contas de pessoas físicas e jurídicas para ocultar e dissimular sua verdadeira procedência.
O principal alvo da operação, de acordo com a Denarc, é o DJ Diego Datto, que já havia sido preso em investigação anterior. A ação desta quinta mira os demais membros do grupo criminoso.

Grupo do chicote
Rafael Geon foi preso em 20 de setembro de 2023, acusado de ser um dos mandantes da ação de um grupo que agrediu, inclusive com chicotes, um homem que devia dinheiro. A cena foi registrada em vídeo, divulgada nas redes sociais e repercutiu nacionalmente. O crime ocorreu em plena luz do dia, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.
O empresário foi solto no dia seguinte, em audiência de custódia, por decisão do juiz João Bosco da Silva, que considerou o fato de ele ter um filho de 5 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista, e a gravidez da esposa à época.