Conteúdo/ODOC - O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) voltou a defender que mulheres tenham o direito de escolher ser atendidas por profissionais de saúde homens ou mulheres. A declaração foi feita após a denúncia de abuso envolvendo um colaborador terceirizado da Ortopedia do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), registrada na quarta-feira (3).
O caso gerou forte repercussão. A paciente relatou ter sido abusada após um procedimento cirúrgico, ainda sob efeito de anestesia. A equipe do hospital acolheu a vítima, acionou a Psicologia e acompanhou todo o processo, levando-a à Delegacia da Mulher e à Politec. O suspeito foi afastado imediatamente pela empresa terceirizada.
Cattani afirmou que episódios como esse reforçam a necessidade de garantir às mulheres autonomia na escolha do atendimento. Ele lembrou que um projeto do deputado Sebastião Rezende previa exatamente esse direito, mas acabou derrubado pela Assembleia Legislativa. “Essa lei virou lei, foi sancionada pelo governo do Estado, mas a Assembleia reuniu todos os deputados por causa do Conselho de Enfermagem e derrubou essa lei”, afirmou.
O parlamentar afirmou que aqueles que dizem defender as mulheres agiram de forma contraditória ao barrar a proposta. Para ele, a legislação evitaria situações como a denunciada no HMC. “O resultado está aí”, disse.
Cattani também citou o projeto do ex-presidente Jair Bolsonaro que prevê punição mais dura para autores de crimes sexuais. Ele defendeu sanções severas e reforçou que divergiria apenas sobre o tipo de castração prevista na proposta. “Ele fez um projeto de lei para castrar vagabundos como esse. Eu acho que deveria ser de maneira tradicional”, declarou.
O deputado criticou ainda o tratamento dado a presos no sistema penal, alegando que criminosos acabam recebendo mais benefícios do que a população em geral. Segundo ele, a falta de punição rígida contribui para a reincidência. “Daqui uns dias já vão estar soltos para fazer novamente isso. Que Deus tenha misericórdia do nosso país”, concluiu.