Conteúdo/ODOC - A Câmara Municipal de Pontal do Araguaia afirmou, em nota oficial, que o afastamento do vereador Rauflis Melo, determinado por ordem judicial, não tem relação com o mandato atual e decorre de fatos ocorridos no passado, quando ele ocupava o cargo de secretário municipal.
A presidente da Casa, vereadora Wilsa Lacerda, esclareceu que o afastamento é imediato e decorre de investigação que não envolve atos praticados durante o atual mandato parlamentar.
A decisão judicial está inserida no contexto da Operação Cenário Montado, deflagrada pela Polícia Civil para apurar um suposto esquema de fraudes em licitações públicas em municípios da região do Araguaia. As investigações apontam indícios de direcionamento de certames, simulação de concorrência entre empresas e possível prejuízo milionário aos cofres públicos.
No caso de Rauflis Melo, a Justiça determinou o afastamento cautelar do cargo de vereador e de qualquer outra função pública como forma de evitar interferências na produção de provas e no andamento do processo. Também foram impostas restrições de acesso a órgãos públicos e contato com outros investigados.
Em manifestações públicas anteriores, o vereador negou irregularidades e afirmou que os procedimentos administrativos adotados à época seguiram a legislação vigente. A defesa sustenta que o afastamento tem caráter preventivo e não representa condenação ou reconhecimento de culpa.
Na nota, a Câmara Municipal de Pontal do Araguaia reforça que apenas cumpre a decisão judicial e destaca que o caso seguirá sendo tratado no âmbito da Justiça, enquanto o Legislativo aguarda os desdobramentos da investigação.
