Conteúdo/ODOC - O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) criticou a ideia de que emendas parlamentares seriam suficientes para resolver os problemas enfrentados pela Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Para ele, os repasses pontuais não garantem sustentabilidade à unidade de saúde, que vive um impasse administrativo e financeiro.
“Emenda não é salvação. Ela serve para um ano, mas não resolve o problema estrutural”, afirmou Botelho. O parlamentar disse ainda que a saída depende de “vontade política” das gestões municipal e estadual, especialmente da Prefeitura de Cuiabá, que segundo ele não tem demonstrado disposição em assumir a responsabilidade.
Adversário político de Abilio Brunini (PL) nas eleições de 2022, Botelho lembrou que o prefeito apresentou um projeto de municipalização da Santa Casa inspirado em uma proposta de sua autoria. “Agora cabe a ele avançar com isso, fazer a municipalização e assumir de vez a administração”, declarou.
O governador Mauro Mendes (União Brasil) confirmou que irá desativar o Hospital Estadual Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá e transferir os atendimentos para o Hospital Central, previsto para ter parte de sua estrutura inaugurada em agosto de 2025.
Segundo Mendes, manter a Santa Casa não faz sentido diante do alto custo de aluguel do prédio, que pertence ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O espaço será colocado à venda, por decisão do próprio TRT, com a finalidade de quitar cerca de R$ 48 milhões em dívidas trabalhistas e fiscais relacionadas a 800 processos.
