Conteúdo/ODOC - O deputado estadual Eduardo Botelho (União) voltou a se posicionar sobre o cenário político que começa a se desenhar para as eleições de 2026 em Mato Grosso. Questionado sobre a possibilidade de uma união entre o Partido Liberal (PL) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o parlamentar foi categórico ao dizer que não acredita nessa articulação.
“Eu acho que essa união aí não vai se concretizar, eu não acredito”, declarou Botelho nesta quarta-feira (20).
A fala contrasta diretamente com o discurso do presidente estadual do MDB, o ex-deputado federal Carlos Bezerra, que no início do mês anunciou conversas com o PL para a formação de uma chapa majoritária. Segundo Bezerra, o objetivo seria lançar uma candidatura competitiva ao Palácio Paiaguás. “Nós estamos conversando muito com o PL. Pode haver uma composição, sim”, disse à época.
Apesar dessa sinalização, Botelho avalia que os interesses dos dois partidos são distintos e que dificilmente haverá convergência. O PL já deixou claro que pretende ter candidato próprio ao Governo, com o nome do senador Wellington Fagundes ganhando cada vez mais força dentro da sigla. Caso a pré-candidatura seja confirmada, ele deverá enfrentar o atual vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), apontado como o preferido do governador Mauro Mendes (União) para a disputa.
Nos bastidores, o movimento do MDB também chama atenção pela relação familiar que une os dois partidos. Wellington Fagundes é sogro da deputada estadual Janaina Riva (MDB), que tem se projetado como um dos principais nomes da legenda tanto para a corrida ao Governo quanto para o Senado Federal.
Com a negativa de Botelho, a possibilidade de um alinhamento entre MDB e PL, defendida por Bezerra, ganha contornos ainda mais incertos e deve alimentar o debate sobre os rumos da oposição e a fragmentação do campo político em Mato Grosso.
