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Bombeiros militares controlam focos de incêndio em três frentes na Serra do Roncador em MT

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Bombeiros militares controlam focos de incêndio em três frentes na Serra do Roncador em MT
A coordenação das ações é feita pela Sala de Situação na região, responsável por traçar as estratégias de combate

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) conseguiu extinguir os focos ativos nas frentes leste, oeste e sul do incêndio que atinge a Serra do Roncador, no município de Barra do Garças (a 511 km de Cuiabá). As ações de combate continuam concentradas na frente norte, onde o terreno acidentado, caracterizado por paredões rochosos e vegetação densa, impõe limitações operacionais. 

As condições adversas, como os ventos fortes e a estiagem prolongada, também contribuem para a complexidade da operação, que conta com 59 pessoas, entre bombeiros, brigadistas e funcionários de fazendas vizinhas que atuam como voluntários. A coordenação das ações é feita pela Sala de Situação montada na região, responsável por traçar e monitorar as estratégias de combate.

Para conter o avanço das chamas, estão sendo utilizados dois caminhões-pipa, seis tratores e uma aeronave de apoio, que já acumula mais de 47 horas de voo e cerca de 300 mil litros de água lançados. A atuação aérea tem sido decisiva, especialmente nos pontos onde o acesso por terra é inviável.

De acordo com o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel BM Rafael Ribeiro Marcondes, o trabalho contínuo das equipes tem sido fundamental para controlar os focos em áreas estratégicas e evitar que o fogo avance sobre regiões ambientalmente sensíveis. As áreas com focos extintos ou já controladas continuam sob monitoramento por meio de imagens de satélite.

“O incêndio teve início em uma fazenda da região e, rapidamente, se alastrou em múltiplas frentes, impulsionado pelas condições climáticas adversas e pela topografia acidentada. Nas porções leste, oeste e sul da serra, onde nossa equipe conseguiu acessar, o fogo foi extinto. O principal entrave neste momento é o acesso à linha de fogo”, afirmou o comandante.

"Atualmente, permanece ativo um foco concentrado no setor norte do incêndio, localizado em área de paredões rochosos. Trata-se de uma região com predominância de morrarias e grotas, onde em determinados trechos as equipes conseguem avançar até certo ponto, mas encontram barreiras naturais”, completou.

Neste caso, a estratégia adotada tem sido a construção de linhas de defesa, com preparação para ações integradas envolvendo recursos aéreos e terrestres, a serem executadas assim que o acesso à área for viável, segundo o comandante.

“Fazer a infiltração em uma área de morro é extremamente arriscado, especialmente quando o fogo avança ladeira acima e não é possível deslocar as equipes para uma área segura. Não é como no Pantanal, que é plano e permite esse tipo de ação com mais segurança. Mas estamos fazendo tudo o que é possível no local. Não estamos medindo esforços e mantemos monitoramento constante, utilizando apoio aéreo sempre para conter o avanço das chamas”, concluiu.