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Bolsonarista não vai exonerar equipe de vereador afastado por suspeita de corrupção

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Bolsonarista não vai exonerar equipe de vereador afastado por suspeita de corrupção
Rafael Yonekubo tomou posse nesta quinta-feira na vaga de Chico 2000

Conteúdo/ODOC - O suplente Rafael Yonekubo (PL) assumiu, nesta quinta-feira (15), a vaga do vereador afastado Chico 2000 (PL). Em sua chegada à Câmara, Yonekubo declarou que manterá a equipe do titular e reconheceu os seis mandatos anteriores de Chico como parlamentar.

O vereador foi afastado por decisão judicial no âmbito da Operação Perfídia, deflagrada pelo Ministério Público do Estado (MPMT), que apura um suposto esquema de corrupção envolvendo o recebimento de propina por parte de vereadores para aprovar uma lei que autorizou o parcelamento de dívidas do Município com a União. As investigações apontam que valores teriam sido pagos por empresários interessados na aprovação da norma.

“Não vou exonerar ninguém do gabinete do Chico. Eu vou trabalhar com eles ainda, tanto é que não conheço ninguém ainda, vou conhecer. A intenção minha é manter eles até em respeito ao trabalho de um vereador que já tem seis mandatos aqui na Casa”, disse o agora vereador.

Rafael Yonekubo também destacou que sua decisão é estratégica, já que necessita de apoio técnico na condução dos trabalhos legislativos.

“Eu sou um ativista político, mas parte administrativa, essas coisas, a gente precisa de pessoas técnicas que realmente venham me ajudar a ajudar nossa Cuiabá, que esse é o nosso motivo de estar aqui hoje”, afirmou.

O primeiro suplente do PL, secretário Filipe Corrêa, chegou a assumir temporariamente a vaga na segunda-feira (12), mas se licenciou no dia seguinte para retornar à Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho. Com isso, Rafael Yonekubo, segundo suplente e estreante no cargo, assumiu a cadeira.

Yonekubo afirmou que não tem intenção de permanecer no cargo além do necessário, aguardando a decisão judicial sobre o futuro de Chico 2000. Ele também mencionou não ter proximidade com o vereador afastado.

“Se o Chico vai voltar, isso cabe à Justiça. Se a Justiça determinar que ele volte, aí eu volto para minha casa. Mas continuarei fazendo ativismo político que sempre fiz [...] Eu nunca conversei com o Chico, a gente é do mesmo partido, mas eu só cumprimentei ele uma ou duas vezes. Nunca tive contato com ele”, falou.