LICIO MALHEIROS

Barbárie

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Barbárie

É triste é deprimente iniciarmos a semana noticiando mais um caso de feminicídio brutal, vergonhoso, verdadeira barbárie, contra a fonoaudióloga Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, assassinada com 15 a 20 perfurações por arma branca.

As perfurações contundentes, ocorreram nas regiões do pescoço, tronco, abdômen e pernas, com requintes de crueldade, ocorrendo verdadeira destruição do corpo da jovem.

Esse episódio triste, vergonhoso, doentio, brutal aconteceu no domingo, 24 de agosto de 2025; quando a jovem Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, foi brutalmente assassinada dentro de sua residência no bairro Residencial Norte, em Sinop (MT), tendo como suspeito o seu marido (monstro), Lucas França, de 22 anos, o mesmo, foi preso em flagrante após o cometimento do crime.

O que é mais triste nesse episódio nefasto, vergonhoso e macabro marcado por violência e atrocidade contra essa jovem de 33 anos, é saber que; quatro dias antes do crime, Ana Paula publicou nas redes sociais uma declaração de amor ao companheiro dizendo.

"Você é o motivo pelo qual voltei a sorrir, você é a luz que ilumina a minha vida, você é a escada da minha subida, você é o amor da minha vida. Na saúde, na pobreza, na doença, nas alegrias e nas dores.... Independente, do que aconteça, estarei ao seu lado.”. Confesso, emocionei........

Todos os sites, jornais impressos enfim, a mídia noticiou esse fato lamentável exaustivamente, porém, uma das falas contundentes e assertiva, foi proferida pela deputada estadual Janaina Riva (MDB), que carrega bandeira de luta contra o feminicídio e violência contra às mulheres.

Em suas redes sociais, Janaina fez um desabafo dizendo “Hoje domingo 24 de agosto, acabamos de perder mais uma mulher, vitima de feminicídio, o estado que mais mata mulher proporcionalmente no Brasil; a vítima, Ana Paula era casada com o seu assassino Lucas França, no município de Sinop com mais de 20 facadas e 4 dias atrás ela fez uma linda homenagem a ele nas redes sociais, que ele era o homem da vida dela, que ele é quem a fazia sorrir”.

“Infelizmente, o feminicida não tem cara não tem classe social não tem cor, nós mulheres precisamos entender que a partir do momento em que acontece uma agressão verbal uma agressão física, se existe violência financeira ou psicológica, não está certo é preciso, denunciar para que assim nós possamos rastrear às mulheres que estão em maior vulnerabilidade, risco e violência”.

“Quero aqui, deixar a minha solidariedade a sua família e dizer para vocês que as penas mais duras não tem resolvido; nós precisamos discutir a pena de morte ou prisão perpetua no Brasil, não existe outro caminho para parar a violência em nosso Estado e em nosso país”.

Licio Antonio Malheiros é jornalista, articulista e geógrafo