Conteúdo/ODOC - Um homem natural de Mato Grosso está entre os 117 suspeitos mortos durante a Operação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28) pela polícia do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (31) pela Cúpula da Segurança Pública fluminense, que não revelou a identidade do suspeito.
Segundo o portal G1, o Instituto Médico Legal (IML) já identificou 99 corpos, dos quais 39 pertencem a pessoas oriundas de outros estados. Ainda não há confirmação se o mato-grossense possuía antecedentes criminais.
O secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, informou que 78 dos mortos tinham passagens pela polícia por crimes como homicídio e tráfico de drogas. Desses, 42 eram procurados da Justiça. Ele ressaltou que todos os mortos são considerados criminosos e que a operação teve como base informações de inteligência sobre a atuação do Comando Vermelho.
“As investigações mostram que os complexos da Penha e do Alemão funcionam como áreas de treinamento de tiro, onde marginais são formados para depois retornarem aos seus estados e disseminarem a cultura da facção”, declarou Curi ao G1.
A Operação Contenção mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das forças de segurança com o objetivo de desarticular o Comando Vermelho nas comunidades. Os confrontos resultaram em 121 mortes — sendo 117 suspeitos e quatro policiais — além da apreensão de 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver e aproximadamente uma tonelada de drogas. Também foram efetuadas 113 prisões e apreendidos 10 adolescentes.
O principal alvo da operação, o traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontado como um dos chefes do Comando Vermelho, conseguiu escapar do cerco policial.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que as ações contra o crime organizado continuarão. “Nosso trabalho é livrar a sociedade do tráfico, da milícia e de todo aquele que ameaça o direito de ir e vir. Continuaremos atuando com técnica e respeito à lei para garantir segurança à população”, declarou.