Conteúdo/Odoc - Os três senadores por Mato Grosso — Margareth Buzetti (PSD), Jayme Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL) — se posicionaram contrários à proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que amplia de 513 para 531 o número de parlamentares federais. Eles criticam o aumento de gastos públicos e a falta de respeito à proporcionalidade populacional entre os estados.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, a senadora Margareth Buzetti chamou atenção para o impacto financeiro da medida. “Você sabia que por ano o seu imposto paga dois bilhões para manter deputados e senadores aqui em Brasília? Não estou falando da conta de luz, da limpeza nem da manutenção dos prédios. Só o custo direto dos parlamentares. Salários, verbas de gabinetes, passagens, auxílios e tudo mais que envolve manter cada mandato”, afirmou.
A parlamentar ainda criticou a aprovação do aumento de 18 novas cadeiras, ressaltando que, embora o Censo do IBGE aponte para mudanças populacionais que justificariam a redistribuição de vagas, a proposta aprovada não respeita a proporcionalidade, já que estados que deveriam perder cadeiras mantiveram suas representações. “Quando a regra me favorece, eu topo. Quando me prejudica, eu mudo a regra”, declarou.
O senador Jayme Campos (União Brasil) também se manifestou contra o aumento no número de deputados em pronunciamento no Senado. “Eu quero apenas deixar claro que eu sou contra o aumento aprovado na Câmara Federal ontem da bancada federal por dois motivos. O primeiro é que o Brasil não precisa de mais parlamentares, precisa de mais eficiência. O segundo é o impacto financeiro que isso representa para os cofres públicos”, disse.
O senador Wellington Fagundes (PL) também se posicionou contra a proposta. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele criticou o impacto financeiro da medida e defendeu ajustes apenas na distribuição das cadeiras, sem aumento no número total de parlamentares. “Aumentar a gastança, jamais. O povo não aguenta mais pagar imposto, aumentar a taxa tributária e não ver o serviço chegando lá na casa do cidadão, na rua do cidadão”, afirmou. Segundo ele, é necessário respeitar o critério populacional, garantindo que estados que cresceram, como Mato Grosso, ganhem mais representatividade, enquanto aqueles que perderam população tenham suas bancadas reduzidas.
A proposta aprovada na Câmara prevê que estados como Mato Grosso, que tiveram crescimento populacional segundo o Censo de 2022, ganhem novas cadeiras. No entanto, a decisão de não reduzir o número de representantes de estados que perderam população tem sido alvo de críticas por parte de parlamentares que defendem uma representação mais equitativa e proporcional.
O projeto agora aguarda a deliberação do Senado, onde enfrentará resistência de senadores que questionam tanto o mérito quanto o custo adicional estimado em R$ 64,6 milhões anuais para a manutenção das novas cadeiras.