O cenário internacional está fervilhando nesses dias. Não custa nada viajar um pouco por essa arena.
Na vizinha Venezuela não para de acontecer coisas estranhas. A mais recente foi a decisão de Nicolas Maduro, presidente do país, em transferir o dia de Natal de dezembro para agora em outubro. Festa natalina, Papai Noel, presentes, tudo que se refere à data foi feito agora neste mês.
O que chama a atenção é como a maioria das pessoas entra numa onda dessas. Apareceram fotos e vídeos de gentes comemorando o Natal agora como se fosse na data que o mundo inteiro comemora. Maduro disse que é para trazer alegria ao povo. Ou uma maneira de engambelar a maioria e manter o poder em eleições fraudadas.
Nos EUA, Donald Trump continua a criar fatos e falas que chamam a atenção também. Disse que vai demitir generais ou militares em geral que forem gordos. Que poderia medir a cintura de militares e, se não estiver sabe-se lá como, poderia perder a farda.
Ele, Trump, está também em briga dura com a mídia local. Está processando os Jornais New York Times e The Washington Post, os dois maiores do país, além de processar também a editora Pinguim que, diz, publicou livro que o ataca. Tem ação ainda contra a cadeia de televisão, CBS. Diz que esses meios de comunicações o atacam injustamente.
No Brasil um caso com nuance internacional chamou a atenção também. Grupo da direita politica no país querendo criar um lobby nos EUA para que aquele país casse o visto do general Tomás Ribeiro Paiva, como foi feito com Alexandre de Moraes e a esposa.
Alegam que o general brasileiro se opôs ao golpe de estado. A medida é ridícula em viários pontos. Um deles é que o grupo, ao propor a medida contra o general, está dizendo que houve mesmo uma tentativa de golpe.
Outros que participaram dessa intentona falam que não houve nada disso, que é invenção e que não buscaram dar um golpe após Bolsonaro perder a eleição para o Lula. E vem um grupo dizer que um general deveria ser punido porque não apoiou o golpe. Confessou publicamente que houve a tal tentativa.
Um caso de Mato Grosso. Foi interessante saber que a Embratur, Sebrae e a Secretaria de Turismo do estado levaram jornalistas dos EUA para visitarem o Pantanal. Ecossistema, comida, folclore, linguagem, fizeram de tudo para mostrar essa realidade.
A intenção seria para que os jornalistas mostrassem em jornais dos EUA essa realidade. Cerca de 700 mil turistas norte americanos visitam o Brasil todos os anos e, a intenção de trazer os jornalistas aqui, foi que, com divulgação do Pantanal, se poderia ter um naco desses turistas aqui também. Uma tentativa positiva.
Outra foi a participação do estado na Fit Turismo em Lima como convidado. Em que o estado pode mostrar o que tem em turismo num fórum daquele e quem sabe trazer turistas para cá também.
É a velha história dessa coluna: o caminho econômico de Mato Grosso está no agronegócio, agroindústria e também turismo.
Alfredo da Mota Menezes é analista político
