OPERAÇÃO PERFÍDIA

Após Sargento Joelson, TJ autoriza retorno de ex-presidente da Câmara acusado de receber propina

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Após Sargento Joelson, TJ autoriza retorno de ex-presidente da Câmara acusado de receber propina
Os dois parlamentares são suspeitos de terem recebido propina da empreiteira responsável pela obra do Contorno Leste

Conteúdo/ODOC - O Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou, nesta segunda-feira (1), o retorno do vereador e ex-presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), ao cargo. Ele estava afastado das funções desde abril, após ser alvo da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil.

A decisão foi tomada pela Quarta Câmara Criminal do TJ-MT e é uma extensão da decisão que também determinou o retorno do vereador Sargento Joelson ao cargo, neste fim de semana. O relator do processo é o desembargador Juvenal Pereira da Silva. O teor da decisão ainda não foi publicado.

Os dois parlamentares são suspeitos de terem recebido propina da empreiteira HB20, responsável pela obra do Contorno Leste, orçada em R$ 125 milhões, em Cuiabá.

Segundo as investigações, o valor de R$ 250 mil teria sido pago para que os parlamentares aprovassem uma proposta relacionada ao parcelamento de dívidas tributárias, que beneficiaria diretamente a empresa investigada.

Operação Perfídia

Também foram alvos da operação José Márcio da Silva Cunha, Claudecir Duarte Preza e Jean Martins e Silva Nunes, todos ligados à empreiteira.

Ao todo, a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) cumpriu 27 ordens judiciais contra os cinco alvos, sendo mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo de dados telefônicos e eletrônicos, além de sequestro de bens, valores e imóveis, contra os  cinco investigados.

As investigações tiveram início a partir de denúncia recebida pela Deccor em 2024, noticiando que vereadores teriam solicitado a um funcionário da empresa propina para a aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à empresa no ano de 2023.

Conforme a Polícia, uma parte dos valores foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, e há indícios de que a outra parte tenha sido paga em espécie ao parlamentar, no interior de seu gabinete na Câmara, onde as negociações teriam ocorrido.