Após receber as ‘bênçãos’ de Mauro, Fávaro não deve ter apoio de Jaime, caso dispute o Senado

Terceiro colocado na disputa pelo Senado, nas eleições de 2018, Carlos Fávaro (PSD), já declarado candidato caso tenha nova eleição no Estado se a senadora Selma Arruda (PSL) ter sua cassação mantida no Superior Tribunal Eleitoral (STF), e que já tem inclusive o apoio declarado do governador Mauro Mendes (DEM), não conseguirá a mesma reciprocidade em se tratando do senador Jaime Campos, líder do Democratas em Mato Grosso.

Jaime Campos já teria, inclusive, demonstrado nas entrelinhas para assessores diretos do governador Mauro Mendes que não está nada empolgado com a possível candidatura de Carlos Fávaro. Na campanha de 2018, Jaime dividiu palanque com Fávaro, mas na reta final da campanha, pediu voto para o candidato e ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que ficou em quarto colocado na disputa pelo Senado.

Na ocasião, o líder do Democratas entendeu que foi traído pelo agronegócio, do qual Fávaro era um dos principais representantes na disputa eleitoral. Jaime foi informado, na ocasião, por um assessor, que Fávaro estava entrando em alguns redutos eleitorais de sua base. Foi visível a mudança de postura do senador democrata durante o os últimos 15 dias de campanha.

Quando da cassação da senadora Selma Arruda pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Jaime disse que espera que a ex-juíza consiga provar a inocência na instância superior e evitou comentar o pleito do ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), seu companheiro de chapa, que buscava ocupar a vaga de Selma no caso de uma eleição suplementar no Estado.

Jaime esperava ter, na eleição de outubro de 2018, algo em torno de 800 mil votos, e se assustou com os 490 mil recebidos nas urnas, sendo passado para trás pela ex-juíza com seus quase 678 mil, e para piorar, Carlos Fávaro (PSD) com 434 mil, o ameaçou já na reta final. O senador tinha como certo, inclusive pelos números dos institutos de pesquisa, que seria o mais votado nas eleições.