Conteúdo/ODOC - A influenciadora do setor imobiliário e suplente de vereadora em Sinop, Elaine Seibel, afirmou estar sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em razão de um vídeo publicado nas redes sociais no mês de novembro. Na gravação, ela comentava supostas demissões de trabalhadores identificados com a esquerda política e chegou a classificar os desligamentos como justos.
No vídeo que motivou a apuração, Elaine sugeria que empresas consideradas de direita estariam promovendo demissões de funcionários que comemoraram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a influenciadora, os desligamentos estariam ocorrendo de forma “estratégica”, com o cuidado de não explicitar motivação política, prática que é vedada pela legislação trabalhista e por normas internacionais.
Após a repercussão do conteúdo, Elaine voltou às redes sociais para informar que foi chamada para prestar esclarecimentos ao MPT. Ela relatou que compareceu a uma audiência e que, por orientação do órgão, precisou gravar um vídeo de retratação e retirar do ar a publicação original, que, segundo ela, havia alcançado cerca de 1,5 milhão de visualizações.
Em novo pronunciamento, a suplente de vereadora afirmou que ficou surpresa com o teor do procedimento e disse que passou a ser alvo de investigação por expressar uma opinião. Ela também contou que o vídeo de retratação chegou a ser publicado, mas acabou sendo retirado posteriormente, após o Ministério Público do Trabalho avaliar que o conteúdo não atendia às recomendações feitas durante a audiência.
O MPT apura se as declarações feitas pela influenciadora podem incentivar práticas discriminatórias no ambiente de trabalho, uma vez que a legislação brasileira e a Convenção da Organização Internacional do Trabalho proíbem distinções no emprego com base em convicções políticas.
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