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Após morte de aluno, Júlio Campos propõe uso de câmeras em treinamento para bombeiros em MT

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Deputado disse que iniciativa busca identificar possíveis abusos por parte dos instrutores dos novos militares

Conteúdo/ODOC – O deputado estadual Júlio Campos (UB), esteve nesta quarta-feira (6), no Palácio Paiaguás, acompanhado da família de Lucas Veloso, que morreu afogado durante um treinamento do Corpo de Bombeiros, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. A visita, conforme o parlamentar, seria para debater a possibilidade de um Projeto de Lei para tornar obrigatório o uso de gravação durante os treinamentos dos militares.

O caso voltou a dar visibilidade para as mortes durante o treinamento dos bombeiros, após o polêmico caso de Rodrigo Claro, que também foi morto durante um treinamento aquático. Na ocasião, a tenente e mentora do militar foi acusada de excesso durante as aulas.

Campos foi recebido pelo secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, em busca de apoio do Governo do Estado. Em entrevista à imprensa afirmou que acredita que o PL vá identificar possíveis abusos por parte dos instrutores dos novos militares.

“Estamos dispostos a elaborar o projeto de lei na Assembleia Legislativa para evitar futuras tragédias. O secretário Fábio Garcia concorda que é essencial monitorar esses treinamentos por meio de câmeras para prevenir novos incidentes, já que este é o terceiro caso nesse sentido”, afirmou o deputado.

De acordo com o deputado, o secretário garantiu que não haverá corporativismo durante as investigações, que segundo ele está sendo rigorosa. “O coronel Roveri, secretário de Segurança Pública, recebeu a família e convocou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro, que defendeu a substituição completa da equipe responsável pelo treinamento”, informou.

O caso

Lucas Veloso estava participando de um procedimento de resgate quando ocorreu o incidente. Durante a atividade, ele foi questionado sobre sua capacidade de finalizá-la enquanto segurava um “flutuador”. Momentos depois, Veloso afundou na água e foi resgatado, tendo relatado falta de ar antes do afogamento. Apesar das tentativas de reanimação, ele não resistiu.

Alguns alunos do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros discutiram o incidente em um grupo do Whatsapp, levantando a possibilidade de Veloso ter sofrido um “caldo”, uma prática controversa em que a cabeça é submersa na água para testar a resistência. Outros alunos afirmaram ter presenciado parte do incidente, mas declararam que só fornecerão detalhes à Justiça.

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