PRISÃO DOMICILIAR

Após Medeiros, Cattani pede ao STF autorização para visitar Bolsonaro

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Após Medeiros, Cattani pede ao STF autorização para visitar Bolsonaro

Conteúdo/ODOC - O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal um novo pedido para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por ordem do ministro Alexandre de Moraes. A solicitação foi protocolada no dia 11 de novembro e aguarda análise do relator da ação penal em que Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe de Estado.

Cattani reafirmou, na nova petição, todos os argumentos já apresentados em 1º de outubro, quando afirmou ser amigo e aliado político do ex-presidente. O parlamentar sustenta que motivos institucionais e humanitários justificariam a autorização.

O deputado sugeriu duas janelas de visita: qualquer dia útil entre 24 e 28 de novembro de 2025 ou entre 1º e 5 de dezembro do mesmo ano, sempre no período das 9h às 18h. O pedido veio pouco antes de Moraes liberar a ida do deputado federal José Medeiros (PL), prevista para 2 de dezembro.

Ligado ao núcleo mais fiel do bolsonarismo em Mato Grosso, Cattani tem interesse em discutir com Bolsonaro os rumos da direita no estado para as eleições de 2026. Ele defende que o grupo lance uma candidatura que represente a “direita raiz” e já declarou que seus nomes preferidos ao Senado são José Medeiros e Antônio Galvan (DC), que considera alinhados ideologicamente ao ex-presidente.

Em entrevista ao PodOlhar, Cattani reconheceu os avanços administrativos do governador Mauro Mendes (União), mas afirmou não apoiar uma eventual candidatura dele ao Senado por entender que o chefe do Executivo estadual não representa os valores do bolsonarismo. Segundo o deputado, Bolsonaro já teria sinalizado a preferência por uma chapa composta por Mendes e Medeiros, mas isso não muda sua escolha pessoal.

“Eu acredito muito no que o Bolsonaro fala. Essa informação de que ele quer o Medeiros junto com o Mauro no Senado deve ser verdadeira, porque ele já comentou isso comigo algumas vezes. Mas o meu voto seria em José Medeiros e Antônio Galvan”, disse. Para Cattani, mesmo reconhecendo a capacidade administrativa de Mendes, há grande distância ideológica entre eles.

O parlamentar afirma que segue a liderança de Bolsonaro dentro do PL, mas mantém autonomia para defender suas próprias posições no cenário político mato-grossense.