Conteúdo/ODOC - O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) reconheceu na quarta-feira (29) que há risco de divisão interna no partido após o diretório do União Brasil em Várzea Grande divulgar um vídeo anunciando a pré-candidatura do senador Jayme Campos. Embora o material não especifique o cargo pretendido, nos bastidores a movimentação é vista como um passo em direção à disputa pelo Governo de Mato Grosso em 2026.
A sinalização de Jayme ocorre em meio ao apoio público do governador Mauro Mendes (União) ao seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), como sucessor. Para Botelho, a manifestação de Mendes não reflete uma decisão partidária, mas uma escolha pessoal. “A colocação do apoio do Mauro não é para alguém do União, é para alguém de fora do partido. O apoio é pelo CPF dele, não do União Brasil”, afirmou.
O parlamentar defendeu que a eventual candidatura de Jayme seja tratada dentro dos fóruns partidários e ressaltou que o senador precisará articular com lideranças regionais se quiser viabilizar o projeto eleitoral. “O senador já vai colocar o nome dele, percorrer o estado, conversar com aliados e companheiros para dar corpo a essa ideia”, disse.
Apesar de negar que o partido esteja rachado neste momento, Botelho admitiu que a possibilidade existe. “Até então não tem, pode ser que ocorra lá na frente. Eu espero que não. Mas, até agora, não tem nada”, declarou.
Ele ponderou, contudo, que uma eventual cisão não seria grave e que há tempo para resolver as divergências antes das eleições. “Não é uma sangria desatada. Essa discussão pode ser feita com calma, daqui até o início do próximo ano”, concluiu.
