GABRIEL NOVIS NEVES

Apito do guarda de trânsito

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Apito do guarda de trânsito

Com as obras nas principais ruas e avenidas de Cuiabá, a ordem no trânsito da cidade, especialmente em determinados trechos, depende do apito do guarda de trânsito.

O som que, entre buzinas e pressa, impõe ordem à cidade, já faz parte da paisagem sonora urbana.

O guarda de trânsito é uma categoria profissional pouco valorizada pela população, apesar dos seus serviços relevantes.

Sem ele a vida da cidade poderá entrar em colapso, além dos transtornos naturais causados pelos atrasos de pessoal em serviço, notadamente os especializados.

A autoridade policial é aquela que carrega uma arma em sua cintura.

A arma do guarda de trânsito é o apito, que já faz parte da paisagem sonora urbana.

Sua remuneração também é bem inferior à de outros profissionais que usam o apito como profissão: caso dos árbitros de futebol e regentes de bateria das escolas de samba.

Até os guardas noturnos, que com o apito dão tranquilidade aos moradores das suas residências, são melhores remunerados.

O som do apito se mistura aos sons da cidade em ebulição, compondo parte da paisagem sonora urbana.

Muitos sinaleiros têm guarda de trânsito, notadamente quando há obras por perto.

O apito do guarda de trânsito, assim como outros, é sinal de segurança e esperança.

Esperança da chegada, uma coisa gostosa para se curtir, como o apito do trem chegando a estação, ou do navio ao cais.

O apito é tão importante no cenário urbano, que foi tema de uma das obras musicais mais importantes do poeta da Vila, Noel Rosa.

Ele compôs a maravilha de samba — O Apito da Fábrica.

O som do apito está sempre presente em nossas vidas, sempre nos alertando para momentos melhores.

 Gabriel Novis Neves é médico, ex-reitor da UFMT e ex-secretário de Estado