CASO RENATO NERY

Advogados têm celulares apreendidos durante nova fase de operação da PC em Cuiabá; nomes

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Advogados têm celulares apreendidos durante nova fase de operação da PC em Cuiabá; nomes

Conteúdo/ODOC - Os advogados Agnaldo Bezerra Bonfim, Jaderson Rocha Reinaldo, Antônio João de Carvalho Junior e Gaylussac Dantas de Araújo foram os alvos da segunda fase da Operação Office Crime, que investiga a morte do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá.

A operação foi deflagrada nesta terça-feira (11) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A diligência foi cumprida no escritório deles, na JB Advocacia, no bairro Quilombo, na Capital.

O site O DOCUMENTO apurou que Agnaldo e Jaderson tiveram os celulares apreendidos pelos investigadores. Já Antônio e Gaylussac não foram encontrados pelos agentes. 

Agnaldo, Antônio e Gaylussac já haviam sido alvos da primeira fase da operação, deflagrada em novembro do ano passado.

Na ocasião, também foram alvos os empresários de Primavera do Leste, Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos.

Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho do ano passado, na frente de seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, na Capital.

Renato Gomes Nery, de 72 anos, foi atingido por disparos na frente de seu escritório, em 5 de julho de 2024

O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas não resistiu.

Desde a ocorrência do homicídio, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do profissional. As investigações da DHPP apontam a disputa de terra como a motivação para o homicídio de Renato Nery. 

Primeira fase

Em novembro de 2024, a DHPP cumpriu cinco mandados de buscas em endereços residenciais e comerciais dos investigados nas cidades de Cuiabá e Primavera do Leste.

As medidas cautelares foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), após representação da delegacia especializada.

As buscas são um meio de obtenção de provas para apurar a participação dos investigados pelos delitos de homicídio qualificado e organização criminosa.

Os delegados à frente do inquérito policial, que está sob sigilo, não se manifestarão à imprensa, a fim de não comprometer o andamento das investigações.

Outro lado

O advogado Gaylussac Dantas emitiu nota sobre o assunto. Confira abaixo:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação à segunda fase da Operação Office Crime, realizada nesta terça-feira (11), esclarece-se que: 

•           O advogado Gaylussac Dantas Araújo, que pela segunda vez teve seu nome envolvido na investigação, está tendo sua vida profissional e pessoal devassada pelo fato de possuir endereço profissional no mesmo espaço onde funciona um escritório de advogados que foram alvo de buscas e apreensões tanto na primeira fase, em novembro de 2024, quanto nesta segunda fase. 

•           Na primeira fase, o advogado, seguro de seu completo alheamento aos fatos investigados, entregou seu celular e senha de acesso ao aparelho, em livre colaboração e na esperança de garantir uma investigação célere e a rápida devolução do bem, o que não aconteceu. 

•           Avalia-se que as primeiras diligências da PJC/MT deveriam ter sido suficientes para indicar os culpados ou, ao menos, indicar os inocentes, fazendo com que seus nomes fossem excluídos da investigação ou, na pior das hipóteses, não manchados mais do que já estão, e de forma irreversível. 

•           Portanto, repudia-se a continuidade da associação do nome do advogado Gaylussac Dantas Araújo a essa investigação e registra-se sua indignação em mais uma vez ter sua reputação envolvida em uma investigação que já extrapola os limites do ordenamento jurídico.

Cuiabá-MT, 12 de fevereiro de 2025.

Gaylussac Dantas Araújo.