Conteúdo/ODOC - O advogado Rodrigo Moreira Marinho, inicialmente designado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) para acompanhar os mandados da Operação Sepulcro Caiado, acabou sendo preso ao chegar para a diligência, por ser um dos alvos da operação.
A “coincidência” foi revelada pelo delegado Pablo Carneiro, da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, responsável pelas investigações, durante coletiva de imprensa.
De acordo com o delegado, é praxe a comunicação prévia à OAB-MT sobre o cumprimento de mandados envolvendo advogados, para que a instituição envie representantes que acompanhem as diligências.
“Essa operação tinha como alvos alguns advogados. Como é de praxe e previsto em lei, a Polícia Civil comunicou a OAB na véspera, solicitando que enviasse representantes para acompanhar as ações. Por coincidência, um dos advogados indicados pela Ordem era também um dos alvos”, explicou Pablo Carneiro.
Conforme Carneiro, assim que a equipe finalizou o ‘briefing’ da operação e identificou Rodrigo Marinho entre os presentes, foi dada voz de prisão imediatamente. “Ele foi informado do mandado e preso ali mesmo, no local”, completou.
A Operação Sepulcro Caiado investiga um esquema de fraudes em execuções judiciais, que teria causado um prejuízo superior a R$ 21 milhões aos cofres do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Além de Rodrigo Marinho, também foram presos os advogados Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, João Gustavo Ricci Volpato, Themis Lessa da Silva, Rodrigo Moreira Marinho, João Miguel da Costa Neto, Régis Poderoso de Souza, além de Denise Alonso.
E ainda os empresários Luiza Rios Ricci Volpato e Augusto Frederico Ricci Volpato, sócios de empresas credoras e beneficiários diretos do esquema.
O servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mauro Ferreira Filho, é considerado foragido