NUUN GARDEN

Acusado de agredir psicólogo alega legítima defesa e diz que sofreu assédio no banheiro

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Acusado de agredir psicólogo alega legítima defesa e diz que sofreu assédio no banheiro

Conteúdo/ODOC - Yuri Matheus, apontado como autor da agressão contra o psicólogo Douglas Amorim dentro da boate Nuun Garden em Cuiabá, divulgou uma nota alegando que foi vítima de assédio e agiu em legítima defesa. O episódio aconteceu na madrugada do último domingo (12), e veio à tona após o profissional divulgar um vídeo em seu perfil no Instagram.

De acordo com Yuri, o psicólogo, supostamente sob efeito de substâncias entorpecentes, teria tentado visualizar suas partes íntimas enquanto estavam no banheiro da boate. Ele afirmou ainda que Douglas teria proferido ameaças, incluindo a intenção de quebrar uma garrafa em sua cabeça, além de xingamentos.

Na versão de Douglas Amorim, ele estava utilizando o mictório quando foi atacado pelas costas, tendo a cabeça arremessada contra uma prateleira de mármore. O impacto fez com que ele perdesse a consciência. “Ele fez isso de forma covarde, pelas costas, enquanto eu usava o mictório. Não pude me defender ou entender o que estava acontecendo. Só soube depois, já a caminho do hospital”, declarou em um vídeo publicado nas redes sociais.

Yuri argumenta que relatou a situação aos seguranças da boate antes do ocorrido e que reagiu após as ameaças e xingamentos de Douglas. Ele destacou que sua reação foi motivada por “violenta emoção” e reafirmou que não compactua com discriminação de qualquer tipo.

Ainda segundo a nota, Yuri informa que se apresentará voluntariamente à delegacia para prestar esclarecimentos e garantiu que tomará medidas judiciais contra o psicólogo, alegando danos à sua dignidade.

A boate Nuun Garden informou que está colaborando com as autoridades nas investigações. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

Leia a nota na íntegra:

A respeito das matérias divulgadas na imprensa, Yuri Matheus vem esclarecer que:

Ao contrário da versão apresentada pelo psicólogo Douglas Amorim, Yuri Matheus foi, na verdade, vítima de assédio. Douglas, ao que tudo indica, sob efeito de substâncias nocivas, por volta das 3h40min, tentou assediar Yuri no banheiro da boate, tentando visualizar suas partes íntimas enquanto simulava estar urinando no mictório ao lado.

Além do assédio praticado por Douglas, este ainda o ameaçou dizendo que quebraria uma garrafa em sua cabeça e proferiu diversos xingamentos. Quando Yuri expressou sua indignação acerca da conduta oportunista, Douglas ainda continuou com agressões verbais. Por receio da estatura de Douglas, que mede 1,88 m, Yuri inicialmente apenas o questionou de forma verbal.

Yuri prontamente comunicou os seguranças da casa, que presenciaram novos xingamentos proferidos por Douglas.

Logo após, com o intuito de se defender das injustas agressões – consistentes em xingamentos e assédio –, e sob influência de violenta emoção, Yuri reagiu. Ele enfatiza que Douglas, por estar visivelmente sob efeito de substâncias nocivas durante horas naquela noite, desmaiou com facilidade.

Yuri destaca que não compactua com qualquer forma de discriminação e sempre respeitou todas as formas de diversidade. Todavia, reitera que a liberdade de um indivíduo vai até o ponto em que não interfere na dignidade e no sossego de outro.

Yuri ressalta que é inadmissível que um prossional da área da saúde mental pode ser tão desequilibrado a ponto de, consumindo substâncias nocivas em casas noturnas, agir deforma oportunista em banheiros masculinos para, tentando atingir o sossego e a dignidade sexual alheia, assediar e xingar outras pessoas, notadamente quando a casa noturna possibilita a entrada de menores sob a autorização dos pais.

 Yuri Matheus