Conteúdo/ODOC - A ausência do governador Mauro Mendes (União Brasil) durante a manifestação promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, neste domingo (3), em Cuiabá, foi motivo de comentários entre os participantes do evento. Apesar disso, o prefeito da capital, Abilio Brunini (PL), tratou de minimizar a situação e garantiu que Mendes segue alinhado às pautas da direita.
O ato, parte do movimento nacional Reaja Brasil, teve como foco protestar contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pedir a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Manifestações semelhantes ocorreram em diversas capitais, também sem a presença de governadores identificados com a direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.
Para Abilio, a ausência de Mendes não enfraquece o posicionamento ideológico do governador. “O Mauro sempre esteve conosco nas manifestações. Já estivemos juntos várias vezes em Brasília. Assim como Tarcísio, ele deve ter tido outros compromissos. E oportunidades para participar não faltarão”, afirmou o prefeito.
Brunini também reforçou que não se deve medir o alinhamento político apenas pela presença física em um evento. “Tenho certeza de que o governador de Mato Grosso está com as nossas pautas. Assim como São Paulo, Goiás e Minas Gerais também têm chefes de Executivo comprometidos com esses ideais”, completou.
Já o senador Wellington Fagundes (PL) adotou um tom mais cauteloso e evitou comentar diretamente as ausências. “Prefiro olhar para o povo que está aqui. É isso que importa. O Bolsonaro precisa do povo”, afirmou. Ao ser questionado sobre possíveis estratégias oportunistas de políticos que se aproximam do ex-presidente, o parlamentar desconversou: “Cada um faz política do seu jeito”.
Fagundes ainda falou da importância do engajamento popular em torno de Bolsonaro, mesmo diante das restrições judiciais que o impedem de se manifestar publicamente. “Podem tentar calar o Bolsonaro, mas ele está no coração, na mente e na alma do povo. O que vimos hoje nas praças lotadas pelo país é a prova disso. Não é uma decisão de Alexandre que vai comandar este país. É o povo brasileiro”, finalizou.