Conteúdo/ODOC - O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), apresentou nesta sexta-feira (11) o balanço dos seus primeiros 100 dias à frente do Executivo municipal. Durante coletiva à imprensa, o gestor afirmou que herdou uma dívida de R$ 2,3 bilhões da administração anterior, comandada por Emanuel Pinheiro (MDB). O montante inclui R$ 472 milhões que, segundo ele, não estavam empenhados nem declarados oficialmente e foram descobertos ao longo das últimas semanas.
De acordo com Abilio, o valor total supera inclusive o que havia sido apontado anteriormente pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que estimava a dívida da Prefeitura de Cuiabá em R$ 1,2 bilhão com base nos dados de 2022. “São valores que a equipe foi encontrando à medida que os contratos e compromissos eram analisados. Foi necessário reorganizar tudo para entender o tamanho real do rombo”, disse o prefeito.
Desde que assumiu o cargo em janeiro, Abilio afirma ter adotado uma série de medidas para enxugar gastos e reequilibrar as contas do município. Ele comemorou o resultado de R$ 138 milhões economizados em 100 dias, superando a meta inicial de R$ 100 milhões estipulada pela equipe de transição. “Foi um esforço de revisão de contratos, suspensão de serviços desnecessários e renegociação de dívidas. Hoje, posso dizer que colocamos a casa em ordem”, afirmou.
Segundo ele, essa economia já está permitindo a retomada de serviços essenciais. O prefeito anunciou que 32 mil crianças da rede municipal terão acesso ao café da manhã nas escolas, novas unidades de saúde serão abertas, e parcerias com o Governo do Estado estão sendo articuladas para novos investimentos em infraestrutura e educação.
A expectativa da atual gestão é continuar com a política de corte de gastos e atingir uma economia de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões até o final do ano. O prefeito destacou que os recursos economizados serão direcionados prioritariamente para áreas prioritárias como saúde, educação e obras.
Abilio também detalhou o esforço feito para quitar obrigações deixadas pela gestão anterior. Segundo ele, cerca de R$ 400 milhões em dívidas do ano passado já foram pagos ou renegociados, sendo R$ 293 milhões quitados diretamente pelo município. “Essas despesas não foram contraídas por nós, mas como determina o princípio da continuidade da administração pública, precisávamos honrá-las”, completou.