Conteúdo/ODOC - Durante ato realizado no último domingo (7), Dia da Independência, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), descartou qualquer possibilidade de composição entre seu grupo político e o MDB nas eleições de 2026.
Sem citar nomes, ele comparou uma liderança da sigla ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e afirmou que a prioridade de sua articulação será a conquista de cadeiras no Senado para assegurar votos em eventuais processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Brunini ironizou movimentações de dirigentes locais que têm buscado aproximação com adversários políticos visando o próximo pleito. Segundo ele, essas iniciativas representam apenas “jogadas de conveniência” e não uma estratégia consolidada. “Tem novos Fávaros na política mato-grossense. E não é questão de gênero. Nós teremos mulheres e homens de direita atuando, mas não dá para cair em certas conversas”, declarou.
O gestor também criticou posicionamentos de possíveis candidatos ao Senado que, apesar de defenderem pautas conservadoras, aparecem em agendas ao lado de ministros do STF.
“Se a pessoa está tirando foto com quem comete atrocidades contra o país, de que lado ela está?”, questionou. Ele ainda reforçou que o Senado é o verdadeiro contrapeso ao Supremo e que sua articulação política não passa por alianças com partidos que, em sua avaliação, votam contra interesses de pautas conservadoras em Brasília.
As declarações ocorreram em meio a uma manifestação em defesa da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Durante o ato, que contou com bandeiras dos Estados Unidos estendidas nas ruas, o prefeito afirmou que a militância não aceitará políticos “em cima do muro”. “Se entregarmos o país a esse tipo de gente, tudo isso aqui será em vão”, disse.
O discurso acontece no momento em que o MDB se reorganiza em Mato Grosso com vistas às eleições do próximo ano, e enquanto lideranças ligadas ao partido se aproximam de figuras nacionais para discutir temas como a moratória da soja.
Mesmo assim, Brunini mantém a linha de que não haverá composição com a sigla, reafirmando seu foco em ampliar o espaço da direita no Senado.