Conteúdo/ODOC - O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou nesta terça-feira (18) que o assassinato da adolescente grávida Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, é um crime que gera grande preocupação e defendeu que a justiça seja feita para evitar que casos semelhantes voltem a acontecer.
A declaração foi dada durante visita à Câmara Municipal, onde o prefeito acompanhou familiares da vítima em busca de apoio parlamentar para a resolução do caso.
A adolescente foi morta na última quarta-feira (12) em Cuiabá. No nono mês de gestação, ela foi asfixiada e, ainda com vida, teve o abdômen cortado para a retirada do bebê. A bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, confessou o crime e está presa. A Polícia Civil investiga se ela agiu sozinha ou se teve ajuda de terceiros.
“Crime sem explicação”
Para Abílio, a brutalidade do caso impacta toda a sociedade, especialmente gestantes. “É um crime que não tem explicação, uma situação totalmente atípica, que preocupa muito. As pessoas passam a se sentir inseguras até para aceitar gestos de solidariedade, como doações”, declarou.
O prefeito ressaltou ainda que a punição exemplar para a autora do crime é fundamental. “Não podemos permitir que esse crime fique impune. Se não houver justiça, isso pode encorajar outras pessoas a cometerem algo semelhante”, disse.
Abílio Brunini também demonstrou ceticismo quanto à possibilidade de Nataly Helen ter agido sozinha. “É difícil acreditar que alguém tenha feito tudo isso sem ajuda. Essa suspeição existe e precisa ser investigada”, afirmou.
O prefeito disse que tem acompanhado de perto o caso e esteve presente no velório da adolescente. Além da mobilização junto à Câmara, ele pretende levar o pedido de justiça à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (19).
Ele também falou o apoio da Secretaria da Mulher à família da vítima. “O suporte psicológico nesse momento é essencial, porque é uma situação extremamente difícil”, pontuou.
Abílio afirmou que já visitou a bebê, que sobreviveu e está sob os cuidados da família materna. “A criança está com os familiares e estamos garantindo suporte na área de segurança para que eles se sintam mais protegidos”, disse.
Mesmo com a confissão da suspeita, a Polícia Civil ainda está em fase de investigação pelo crime.